sexta-feira, 1 de março de 2013

Capítulo 1

Era pra ser um livro, mas a criatividade faltou, eu tive uma ideia louca enquanto dormia mas não sei fazer uso das palavras corretamente. Eu vejo essas pessoas escrevendo e me da uma inspiração tão forte, que quando começo a escrever ela some. Acho que se me empolgasse menos, conseguiria melhores resultados.
O problema então é minha ansiedade? Então na verdade eu teria que voltar bem no começo da minha infância, na passagem do maternal para o jardim 1 onde minha queria vovó malvada me deixou sozinha, uma criança totalmente dependente que eu era, acho que sofri um pouco.
Na verdade eu não lembro de nada, só de relatos contados pela vovó que agora é boazinha porque não vai mais me abandonar. Segundo ela, nesse primeiro dia eu não largava da perna dela e me escondia atrás pra que nenhuma outra criança me visse. Ela me empurrava e eu começava chorar dizendo que não queria conhecer aquelas crianças feias. Pra me enganar ela disse que precisava ir no banheiro e me colocou na sala. Ela demorou o dia todo pra fazer um simples xixi, eu fico me imaginando como aquela coisa gorda e fofa de cabelos enrolados que eu era ficou presa no meio daquelas crianças feias. Meus pensamentos eram: Sai de perto de mim, feio u.u Ou: da onde vieram essas pessoas? CADE MINHA AVÓÓÓÓ???
Quando chegou a hora do lanche, para meu grande desapontamento, minha avó ainda estava fazendo xixi, comi com as crianças do mal gritando a minha volta e quando eu achava que não ia aguentar nem mais um minuto voltamos para a sala, mas ela era estranha, tinha bonecas e carrinhos, acredito que não entendi muito bem o que era aquilo. Descobri que eu teria que almoçar lá e posso imaginar meu sofrimento naquela selva chamada patio de novo. Só não imagino como foi no lanche da tarde, é muito sofrimento pra me lembrar.
Ao entardecer, minha vovó terminou de fazer xixi e veio ao meu encontro, a sala já estava se esvaziando e descobri, felizmente, que meu pai havia chegado. Nunca realmente perdoei ela por ter me deixado sozinha nesse dia.
Na viagem de volta pra casa fiquei brincando com o relógio quebrado do meu pai, que era o único brinquedo que eu realmente gostava e isso eu me recordo muito bem. E então no dia seguinte para minha surpresa e segundo o relato da minha avó, eu me tornei uma selvagem como as outras crianças, eu pulava e gritava com elas, e eu GOSTAVA! Não sei como aconteceu, mas é verdade, passei mais 4 anos sendo uma selvagem. E depois mais 2 sentindo falta da selvageria do estudo infantil. Mas se quer saber uma coisa que eu aprendi nessa escola, foi que ler livros é importante e isso fica até hoje. Me orgulho muito dessa parte. E é isso meu primeiro relato de ansiosidade.

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